segunda-feira, 6 de abril de 2020

Intertextualidade



Última flor do Lácio (Olavo Bilac (1865 - 1918)

"ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, INCULTA E BELA"1 A expressão "Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a 1918. Esse verso é usado para designar o nosso idioma: a última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim. 

LÍNGUA PORTUGUESA Olavo Bilac

 Última flor do Lácio, inculta e bela,
 És, a um tempo, esplendor e sepultura:
 Ouro nativo, que na ganga impura 
A bruta mina entre os cascalhos vela...

 Amo-te assim, desconhecida e obscura,
 Tuba de alto clangor, lira singela,
 Que tens o trom e o silvo da procela
 E o arrolo da saudade e da ternura! 

Amo o teu viço agreste e o teu aroma 
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,


Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho! 

1 http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/flor.htm


INTERTEXTUALIDADE
"LÍNGUA PORTUGUESA"

A. Fátima Fuini


Última flor do Lácio, vilipendiada e sofrida,
És, amada por uns, por outros, agredida
Ouro nativo, desprezada pelo arrogante
Que a critica a todo instante

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Não estudada, nem venerada
Que tens o poder de preencher o nada e
Revelar pensamentos e promover cura

Amo estudar-te, minha amada,
Minha pátria, minha língua
Descobrir-te a cada instante

Desfrutar da palavra, poder gigante
Em que Camões, em verso e prosa te quis pôr
Musa eterna que vive na alma  do trovador!




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