Última flor do Lácio
(Olavo Bilac (1865 - 1918)
"ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, INCULTA E BELA"1 A expressão "Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a 1918. Esse verso é usado para designar o nosso idioma: a última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.
"ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, INCULTA E BELA"1 A expressão "Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a 1918. Esse verso é usado para designar o nosso idioma: a última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.
LÍNGUA PORTUGUESA Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
1 http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/flor.htm
"LÍNGUA
PORTUGUESA"
A. Fátima Fuini
Última flor do Lácio, vilipendiada
e sofrida,
És, amada por uns, por
outros, agredida
Ouro nativo,
desprezada pelo arrogante
Que a critica a todo instante
Amo-te assim,
desconhecida e obscura,
Não estudada, nem
venerada
Que tens o poder de
preencher o nada e
Revelar pensamentos e
promover cura
Amo estudar-te, minha
amada,
Minha pátria, minha
língua
Descobrir-te a cada
instante
Desfrutar da palavra,
poder gigante
Em que Camões, em
verso e prosa te quis pôr
Musa eterna que vive
na alma do trovador!
Que linda poesia.
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