QUESTÕES - COMENTADAS SEGUNDA FASE
QUESTÃO 1 Unicamp
Os textos abaixo foram retirados da coluna “Caras e bocas”,
do Caderno Aliás, do jornal O Estado de São Paulo:
“A intenção é salvar o Brasil.”
Ana Paula Logulho, professora e entusiasta da segunda “Marcha
da Família com Deus pela Liberdade”, que pede uma intervenção militar no país e
pretendeu reeditar, no sábado, a passeata de 19 de março de 1964, na capital paulista,
contra o governo do Presidente João Goulart.
“Será um evento esculhambativo em homenagem ao outro de São
Paulo.”
José Caldas, organizador da “Marcha com Deus e o Diabo na
Terra do Sol”, convocada pelo Facebook para o mesmo dia, no Rio de Janeiro.
(O Estado de São Paulo, 23/03/2014, Caderno Aliás, E4.
Negritos presentes no original.)
a) Descreva o processo de formação de palavras envolvido em
“esculhambativo”, apontando o tipo de transformação ocorrida no vocábulo.
b) Discorra sobre a diferença entre as expressões “evento esculhambado”
e “evento esculhambativo”, considerando as relações de sentido existentes entre
os dois textos acima.
QUESTÃO 2 FUVEST
Examine a seguinte matéria jornalística:
Examine a seguinte matéria jornalística:
Sem-teto usa topo de pontos de ônibus
em SP como cama
Às 9h desta segunda (17), ninguém
dormia no ponto de ônibus da rua Augusta com a Caio Prado.
Ninguém a não ser João Paulo Silva,
42, que chegava à oitava hora de sono em cima da parada de coletivos.
“Eu sempre
durmo em cima desses pontos novos. É gostoso. O teto tem um vidro e uma tela
embaixo, então não dá medo de que quebre. É só colocar um cobertor embaixo, pra
ficar menos duro, e ninguém te incomoda”, disse Silva depois de acordar e
descer da estrutura. No dia, entretanto, ele estava sem a coberta, “por causa
do calor de matar”.
Por não ter
trabalho em local fixo (“Cato lata, ajudo numa empresa de carreto. Faço o que
dá”), ele varia o local de pouso. “Às vezes é aqui no centro, já dormi em Pinheiros
e até em Santana. Mas é sempre nos pontos, porque eu não vou dormir na rua”.
www1.folha.uol.com.br,
19/03/2014. Adaptado.
a) Qual é o efeito de sentido
produzido pela associação dos elementos visuais e verbais presentes na imagem acima?
Explique.
b) O vocábulo “pra”, presente nas
declarações atribuídas a João Paulo Silva, é próprio da língua falada corrente
e informal. Cite mais dois exemplos de elementos linguísticos com essa mesma
característica, também presentes nessas declarações.
2. Avalie a redação das seguintes frases:
I. O futebol conquistou um papel na sociedade tanto culturalmente como econômico e político.
II. Os clubes buscam a expansão do número de associados bem como reduzir gastos com publicidade.
III. Doravante tais fatos, fica claro que o futebol exerce uma grande influência no cotidiano do brasileiro.
IV. O técnico declarou aos jornalistas que, para o próximo jogo, ele tem uma carta na manga do colete.
a) Reescreva as frases I e II, corrigindo a falta de paralelismo nelas presente.
b) Reescreva as frases III e IV, eliminando a inadequação vocabular que elas apresentam.
Questão 3 - UNICAMP
2. Avalie a redação das seguintes frases:
I. O futebol conquistou um papel na sociedade tanto culturalmente como econômico e político.
II. Os clubes buscam a expansão do número de associados bem como reduzir gastos com publicidade.
III. Doravante tais fatos, fica claro que o futebol exerce uma grande influência no cotidiano do brasileiro.
IV. O técnico declarou aos jornalistas que, para o próximo jogo, ele tem uma carta na manga do colete.
a) Reescreva as frases I e II, corrigindo a falta de paralelismo nelas presente.
b) Reescreva as frases III e IV, eliminando a inadequação vocabular que elas apresentam.
Questão 3 - UNICAMP
Há notícias que são de interesse público e há notícias que
são de interesse do público. Se a celebridade "x" está saindo com o
ator "y", isso não tem nenhum interesse público. Mas, dependendo de
quem sejam "x" e "y", é de enorme interesse do público, ou
de um certo público (numeroso), pelo menos.
As decisões do Banco Central para conter a inflação têm
óbvio interesse público. Mas quase não despertam interesse, a não ser dos
entendidos.
O jornalismo transita entre essas duas exigências, desafiado
a atender às demandas de uma sociedade ao mesmo tempo massificada e segmentada,
de um leitor que gravita cada vez mais apenas em torno de seus interesses
particulares.
(Fernando Barros e Silva, O jornalista e o assassino. Folha
de São Paulo (versão on line), 18/04/2011. Acessado em 20/12/2011.)
a) A palavra público é empregada no texto ora como
substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com
passagens do próprio texto e apresente o critério que você utilizou para fazer
a distinção.
b) Qual é, no texto, a diferença entre o que é chamado de
interesse público e o que é chamado de interesse do público?
Questão 4 Unicamp
Entre silêncios e diálogos
a)
No trecho “Assim, o livro passou a ser o meu porto, a minha porta, o meu cais,
a minha rota”, há metáforas que expressam a experiência do autor com a leitura.
Questão 4 Unicamp
Unicamp
2 fase
No
texto abaixo, há uma presença significativa de metáforas que auxiliam na
construção de sentidos.
Entre silêncios e diálogos
Havia
uma desconfiança: o mundo não terminava onde os céus e a terra se encontravam.
A extensão do meu olhar não podia determinar a exata dimensão das coisas. Havia
o depois. Havia o lugar do sol se aninhar enquanto a noite se fazia. Havia um
abrigo para a lua enquanto era dia. E o meu coração de menino se afogava em
desesperança. Eu que não era marinheiro nem pássaro - sem barco e asa.
Um
dia aprendi com Lili a decifrar as letras e suas somas. E a palavra se mostrou
como caminho poderoso para encurtar distância, para alcançar onde só a fantasia
suspeitava, para permitir silêncio e diálogo.
Com
as palavras eu ultrapassava a linha do horizonte. E o meu coração de menino se
afagava em esperança.
Ao
virar uma página do livro, eu dobrava uma esquina, escalava uma montanha,
transpunha uma maré.
Ao
passar uma folha, eu frequentava o fundo dos oceanos, transpirava em desertos
para, em seguida, me fazer hóspede de outros corações.
Pela
leitura temperei a minha pátria, chorei sua miséria, provei de minha família,
bebi de minha cidade, enquanto, pacientemente, degustei dos meus desejos e
limites.
Assim,
o livro passou a ser o meu porto, a minha porta, o meu cais, a minha rota. Pelo
livro soube da história e criei os avessos, soube do homem e seus disfarces,
soube das várias faces e dos tantos lugares de se olhar. (...) Ler é
aventurar-se pelo universo inteiro.
(Bartolomeu
Campos de Queirós, Sobre ler, escrever e outros diálogos. Belo Horizonte:
Autêntica, 2012, p. 63.)
Escolha
uma dessas metáforas e explique-a, considerando seu sentido no texto.
b)
O texto mostra que a experiência de leitura promove uma importante mudança
subjetiva. Explique essa mudança e cite dois trechos nos quais ela é
explicitada.
QUESTÃO 5 - FUVEST 2016
Leia este texto.
O tempo personalizou minha forma de falar com Deus, mas
sempre termino a conversa com um pai-nosso e uma ave-maria.
(...)
Metade da ave-maria é uma saudação floreada para, só no
final, pedir que ela rogue por nós. No pai-nosso, sempre será um mistério para
mim o “mas” do “não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. Me parece que, a
princípio, se o Pai não nos deixa cair em tentação, já estará nos livrando do
mal.
Denise Fraga, www1.folha.uol.com.br, 07/07/2015. Adaptado.
a) Mantendo-se a relação de sentido existente entre os
segmentos “não nos deixeis cair em tentação” / “mas livrai-nos do mal”, a
conjunção “mas” poderia ser substituída pela conjunção e, de modo a dissipar o
“mistério” a que se refere a autora?
Justifique.
b) Sem alterar seu sentido, reescreva o trecho da oração
citado pela autora, colocando os verbos “deixeis” e “livrai” na terceira pessoa
do singular.
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