quarta-feira, 24 de junho de 2015

A IMPORTÂNCIA DO NOME

COMUNICAÇÃO

Leitura e interpretação de texto

COMUNICAÇÃO
Luís Fernando Veríssimo

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
- Posso ajudá-lo, cavalheiro?
- Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...
- Pois não?
- Um... como é mesmo o nome?- Sim?
- Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.
- Sim senhor.
- O senhor vai dar risada quando souber.
- Sim senhor.
- Olha, é pontuda, certo?
- O quê, cavalheiro?
- Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?
- Infelizmente, cavalheiro...
- Ora, você sabe do que eu estou falando.
- Estou me esforçando, mas...
- Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?
- Se o senhor diz, cavalheiro.
- Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero.
- Sim senhor. Pontudo numa ponta.
- Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?
- Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o senhor desenha para nós?
- Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou uma negação em desenho.
- Sinto muito.
- Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade, estou muito bem de vida. Não sou um débil mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci do nome desse raio. Mas fora isso, tudo bem. O desenho não me faz falta. Lido com números. Tenho algum problema com os números mais complicados, claro. O oito, por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou um débil mental, como você está pensando.
- Eu não estou pensando nada, cavalheiro.
- Chame o gerente.
- Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a um acordo. Essa coisa que o senhor quer, é feito do quê?
- É de, sei lá. De metal.
- Muito bem. De metal. Ela se move?
- Bem... É mais ou menos assim. Presta atenção nas minhas mãos. É assim, assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim.
- Tem mais de uma peça? Já vem montado?
- É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço.
- Francamente...
- Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, vem vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa.
- Ah, tem clique. É elétrico.
- Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar.
- Já sei!
- Ótimo!
- O senhor quer uma antena externa de televisão.
- Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo...
- Tentemos por outro lado. Para o que serve?
- Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que prende. Você enfia a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de uma coisa.
- Certo. Esse instrumentos que o senhor procura funciona mais ou menos como um gigantesco alfinete de segurança e...
- Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança!
- Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro!
- É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... Como é mesmo o nome?

 INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
1) Esse texto mostra o diálogo entre duas personagens:

a) Quem são as personagens? 

b) Onde as personagens estão?

2) O narrador da história também é personagem? 

3) O homem enfrenta dificuldades para comprar o que quer.

a) Por que ele não consegue comprar o que deseja? 

b) Podemos afirmar que o vendedor  está se esforçando para entender o homem? Por quê?

c) Como é o objeto que o homem quer comprar?

d) Finalmente, qual é o objeto a ser comprado?


ATIVIDADES GRAMATICAIS
1­) DÊ A CLASSE GRAMATICAL DAS PALAVRAS GRIFADAS NAS FASES ABAIXO

a)   “É importante saber nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?”
b)  “Se o senhor diz, cavalheiro.”

2. No texto predomina que tempo verbal?  Retire 3 orações que justifiquem sua resposta.

3. Que efeito de sentido produz esse tempo verbal?

4.O texto enfatiza a importância de uma classe gramatical. Qual? Por quê?

5.) Leia, com atenção, as seguintes frases:
a) “E hoje, por acaso, me esqueci do nome desse raio.”
b) “Lido com números.”
c) “É que eu sou meio expansivo.”
 De acordo com a sequência, por qual grupo de palavras podemos substituir as palavras destacadas? Assinale uma das alternativas:
a) coisa  -  trabalho  -  exagerado        
                  
b) descarga elétrica  -  sofro  -  esquecido     
                   
c) luz intensa  -  esforço-me  -  comunicativo

PREDICADO VERBAL


PREDICADO VERBAL

Temos PREDICADO VERBAL quando o VERBO indica AÇÃO e é o núcleo do predicado.
O PREDICADO VERBAL ocorre com:

a)  verbos INTRANSITIVOS ( que podem vir ou não com adjunto adverbial)
A criança BRINCA.
A criança BRINCA no parque.( adjunto adverbial de lugar)

O professor TRABALHA.
O professor TRABALHA incansavelmente.( adjunto adverbial de modo)

b) verbos TRANSITIVOS( exigem complemento verbal)

O governo não PAGOU a dívida externa.

A criança NECESSITA de limites.






segunda-feira, 22 de junho de 2015

PREDICADO NOMINAL- VERBO DE LIGAÇÃO




 Predicado Nominal - o núcleo do  predicado é o termo que caracteriza o Sujeito.
Chama-se PREDICADO NOMINAL porque o núcleo do predicado é um NOME, uma palavra que caracteriza o sujeito. Nesse caso, o VERBO apenas liga uma característica ao sujeito, por isso é chamado de VERBO DE LIGAÇÃO(VL)

1. O professor estava feliz.
       sujeito                      predicado

 Note que FELIZ(adjetivo)é a palavra mais importante do predicado, por isso é o seu núcleo.

Observação:
1. Quando o predicado é nominal, o núcleo nunca é um verbo.
2. Não só o adjetivo, mas também outras classes gramaticais podem   funcionar como NÚCLEO do predicado( predicativo do sujeito)
Exemplos:

1.Você é tudo,
                         pronome indefinido
2. Maria era uma beleza.
                            substantivo
3.Eu sou você amanhã.
            pronome pessoal   
4. Ele não é dois.
                    numeral

Exercícios



EXERCÍCIOS


1. Complete as orações com palavras que indicam estado, qualidade ou característica do sujeito, formando predicados nominais. 


a) A minha cidade continua ____________________.
b) A noite estava _____________________________.
c) Esse gatinho parece _________________________.
d) Ontem, o jogo da seleção foi __________________.
e) Nosso cãozinho permanece ___________________.
f) Essa menina é ______________________________.

2. Sublinhe os predicados nominais presentes nas orações a seguir:

a) A chuva continua forte.
b) O dia permanece quente.
c) O homem ficou uma fera!
d) Minha festa de aniversário está animada.
e) Ontem, Luciana foi gentil.
f) Esse rapaz parece educado. 

3. Nas orações a seguir, o predicado nominal apresenta dois núcleos. Sublinhe-os.

a) Agora essa praça está limpa e enfeitada.
b) Aqueles atletas pareciam animados e confiantes. 
c) Nessa época, a cidade fica iluminada e movimentada.
d) No inverno, os dias são mais curtos e frios. 
e) Esses filhotes já estão grandes e bonitos. 

f) Hoje, o vento está forte e gelado. 

Respostas AQUI

sábado, 6 de junho de 2015

O DONO DA BOLA

Leitura e interpretação de texto

O dono da bola
Ruth rocha
O nosso time estava cheio de amigos. O que nós não tínhamos era a bola de futebol. Só bola de meia, mas não é a mesma coisa.
Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca.
Mas, toda vez que nós íamos jogar com Caloca, acontecia a mesma coisa. E era só o juiz marcar qualquer falta do Caloca que ele gritava logo:
– Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!
– Ah, Caloca, não vá embora, tenha espírito esportivo, jogo é jogo...
– Espírito esportivo, nada! – berrava Caloca. – E não me chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto!
E assim, Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo.
A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos entrar no campeonato do nosso bairro. Nós precisávamos treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do jogo.
Mas os treinos nunca chegavam ao fim. Carlos Alberto estava sempre procurando encrenca:
– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!
– Se eu não for o capitão do time, vou embora!
– Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola!
E quando não se fazia o que ele queria, já sabe, levava a bola embora e adeus, treino.
Catapimba, que era o secretário do clube, resolveu fazer uma reunião:
– Esta reunião é para resolver o caso do Carlos Alberto. Cada vez que ele se zanga, carrega a bola e acaba com o treino.
Carlos Alberto pulou, vermelhinho de raiva:
– A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser!
– Pois é isso mesmo! – disse o Beto, zangado. – É por isso que nós não vamos ganhar campeonato nenhum!
– Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de time, que nem bola tem.
 E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço.
Aí, Carlos Alberto resolveu jogar bola sozinho. Nós passávamos pela casa dele e víamos. Ele batia bola com a parede. Acho que a parede era o único amigo que ele tinha. Mas eu acho que jogar com a parede não deve ser muito divertido.
Porque, depois de três dias, o Carlos Alberto não aguentou mais. Apareceu lá no campinho.
– Se vocês me deixarem jogar, eu empresto a minha bola.
Carlos Alberto estava outro. Jogava direitinho e não criava caso com ninguém.
E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo mundo se abraçou gritando:
– Viva o Estrela-d’Alva Futebol Clube!
– Viva!      
– Viva o Catapimba!
– Viva!
– Viva o Carlos Alberto!
– Viva!
Então o Carlos Alberto gritou:
– Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto! Podem me chamar de Caloca!

Questões sobre o texto:
1.    Quem é o protagonista, isto é, o personagem principal da história?
2.    Quem narra a história participa dela ou não?
3) Carlos Alberto costumava fazer chantagem e impor condições para emprestar sua bola de couro. Comprove a afirmação com uma frase retirada do texto.

4) Qual era a finalidade da reunião que Catapimba, o secretário do time, resolveu fazer?

5) Qual era o nome do time?

6) Ao final, o time saiu campeão. Se Carlos Alberto tivesse continuado com o mesmo comportamento de antes, você acha que o time sairia vitorioso? Justifique sua resposta.

7) Relacione as ações às reações dos personagens:

(1)  O juiz marca falta.
(2)  Catapimba fez uma reunião para resolver o problema.
(3)  Caloca se arrepende e pede para voltar ao time.
(4)  O time conquista a vitória no campeonato.

(     ) Caloca retira-se do time, isolando-se dos colegas.
(     ) Todos se abraçam e gritam “viva”.
(     ) Caloca grita: “Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!”
(     ) Os colegas recebem Caloca de volta ao time.

8) Carlos Alberto apresenta características diferentes no decorrer dos três momentos da narrativa. Faça a devida associação:

(1)   1° momento            (2)   2° momento             (3)   3° momento




(     ) solitário
(     ) briguento
(     ) cooperativo
(     ) egoísta
(     ) zangado
(     ) arrependido
(     ) chantagista
(     ) amigável
(     ) encrenqueiro




  Agora, leia este segundo texto:
                                                                          Futebol na raça

Criado na Inglaterra em 1863, ele desembarcou no Brasil 31 anos depois, na forma de uma bola trazida debaixo do braço pelo estudante paulista Charles Miller. Chegou elitista, racista e excludente. Quando se organizaram os primeiros campeonatos, lá pelo começo do século, era esporte de branco, rico, praticado em clubes fechados ou colégios seletos. Negros e pobres estavam simplesmente proibidos de chegar perto dos gramados, mas mesmo à distância, perceberam o jogo e deles se agradaram.
Estava ali uma brincadeira feita sob medida para pobre. Não exige equipamento especial além de um objeto qualquer que possa ser chutado como se fosse bola. Pode ser praticado na rua, no pátio da escola, no fundo do quintal. O número e o tipo de jogador dependem apenas de combinação entre as partes. Jogam o forte e o fraco, o baixinho e o altão, o gordo e o magro. (...)
                                                                         Maurício Cardoso. Revista Veja. 
 9) Compare esse texto com O dono da bola e assinale as alternativas corretas:
(     ) Os dois textos tratam do mesmo assunto.
(     ) O dono da bola é um texto informativo que traz dados sobre o futebol.
(    ) Futebol na raça é um texto informativo e O dono da bola é a narração de uma história.
(   ) A frase “O futebol chegou elitista, racista e excludente” não combina com o futebol de rua onde todos podem jogar.


10) Faça uma relação das palavras-chaves empregadas nos dois textos, ou seja, das expressões mais diretamente ligadas ao futebol. (No mínimo 10!)

terça-feira, 2 de junho de 2015

Adjunto e complemento



Adjunto adverbial e complemento verbal( objeto)



Exercícios

Leias as orações abaixo, classifique os termos grifados e justifique sua reposta.
 Os alunos foram ao zoológico de ônibus.
2  Confio completamente em Deus.
   Moro em Itapira desde 2005.
4 Gosto de Itapira.
    Andei pelas ruas de  Itapira durante horas.
O professor entregou as provas corrigidas  aos alunos.
Gosto de Felizberto, mas não confio nele  totalmente
Eu acredito em você e não confio em boatos .
    Ganhamos a partida em tempo recorde .
.  Desejamos-lhe sucesso nesta caminhada .
1 Eu a vi saindo depressa .
1  Continuas persistindo no erro .
1 “Sorvete Kibon decora sua cozinha. E dá nome às latas”. 
Necessitamos de sua colaboração.
1.O diretor fez as recomendações aos alunos.
 1A plateia aplaudiu o artista famoso.
   As encomendas foram entregues aos moradores.
Marta pegou o livro e entregou ao professor.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Ao invés de/ em vez de

Ao invés de : o mesmo que o contrário de ou, ainda, o inverso de.
Ao invés de aceitar o cargo, preferiu recusá-lo.
Ao invés da mentira, prefiro a verdade, ainda que esta seja mais difícil de ouvir.
 Observe que os exemplos  indicam ideias de oposição: aceitar X recusar, mentira X verdade.
Em vez de
 Em vez de indica substituição, o mesmo que “no lugar de”. Exemplos:
Em vez de comer batatas fritas, optou por uma salada.
Preferiu ir de ônibus em vez de enfrentar o tão temido avião.


Observe que batatas fritas não é o oposto de salada, nem ônibus é o contrário de avião

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O CAVALO E O PORCO


O Cavalo e o Porco

Desconheço a autoria.

Um fazendeiro colecionava cavalos, mas ainda faltava uma determinada  raça. Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha esse animal. Assim, insistiu tanto que o vizinho resolver vender-lhe o cavalo.
Um mês depois o animal adoeceu, então ele chamou o veterinário que avisou:
- Bem, seu  cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias; no terceiro dia, eu retornarei e, caso ele não esteja melhor, será  necessário sacrificá-lo. Neste momento, o porco escutava toda a conversa.
No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
- Força, amigo! Levanta daí, senão você será sacrificado!!! Mas nada de o companheiro levantar.
No segundo dia,  deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
 -Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a  levantar... Upa! Um, dois, três. E... nada!
No terceiro dia deram o medicamento e o  veterinário disse:
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a  virose pode contaminar
os outros cavalos. Quando foram embora, o porco se  aproximou do cavalo e disse:
 - Cara, é agora ou nunca, levanta logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um...dois.. três! legal, legal, agora mais depressa vai... Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Você  venceu, Campeão!!!
De repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no  campo e gritou:
 ― Milagre!!! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa...
Vamos matar o porco!!!


Atividades
1. Resuma o texto acima com suas proprias palavras
2. Continue escrevendo o texto dando-lhe um final diferente.
3. Crie uma moral para o texto.

Mario

 Mediar: Medeio  Ansiar: anseio Remediar: remedeio  Incendiar; incendeio  Odiar: odeio Na turma do MARIO, os verbos em -iar seguem a mesma c...