terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Português IME

PROVA OBJETIVA – LÍNGUA PORTUGUESA: 28/10/11 IME

LEIA OS TRÊS TEXTOS A SEGUIR E RESPONDA ÀS QUESTÕES DE 01 A 15.
TEXTO I
ESPAÇO E TEMPO
Tanto Aristóteles quanto Newton acreditavam no tempo absoluto. Isto é, acreditavam que se pode, sem qualquer ambiguidade, medir o intervalo de tempo entre dois eventos, e que o resultado será o mesmo em qualquer mensuração, desde que se use um relógio preciso. O tempo é independente e completamente separado do espaço. Isso é no que a maioria das pessoas acredita; é o consenso. Entretanto, tivemos que mudar nossas ideias sobre espaço e tempo. Ainda que nossas noções, aparentemente comuns, funcionem a contento quando lidamos com maçãs ou planetas, que se deslocam comparativamente mais devagar, não funcionam absolutamente para objetos que se movam à velocidade da luz, ou em velocidade próxima a ela. […]
Entre 1887 e 1905 houve várias tentativas [...] de explicar o resultado de experimentos [...] com relação a objetos que se contraem e relógios que funcionam mais vagarosamente quando se movimentam através do éter. Entretanto, num famoso ar tigo, em 1905, um até então desconhecido funcionário público suíço, Alber t Einstein, mostrou  que o conceito de éter era desnecessário, uma vez que se estava querendo abandonar o de tempo absoluto. Ponto semelhante foi abordado poucas semanas depois por um proeminente matemático francês, Henri Poincaré. Os argumentos de Einstein eram mais próximos da Física do que os de Poincaré, que abordava o problema como se este fosse matemático. Einstein ficou com o crédito da nova teoria, mas Poincaré é lembrado por ter tido seu nome associado a uma par te impor tante dela.
O postulado fundamental da teoria da relatividade, como foi chamada, é que as leis científicas são as mesmas para todos os observadores em movimento livre, não impor ta qual seja sua velocidade. Isso era verdadeiro para as leis do movimento de Newton, mas agora a ideia abrangia também outras teorias e a velocidade da luz: todos os observadores encontram a mesma medida de velocidade da luz, não importa quão rápido estejam se movendo. Essa simples ideia tem algumas consequências notáveis: talvez a mais conhecida seja a equivalência de massa e energia, contida na famosa equação de Einstein E=mc2 (onde E significa energia; m, massa e c, a velocidade da luz); e a lei que prevê que nada pode se deslocar com mais velocidade do que a própria luz. Por causa da equivalência entre energia e massa, a energia que um objeto tenha, devido a seu movimento, será acrescentada à sua massa. Em outras palavras, essa energia dificultará o aumento da velocidade desse objeto. [...]
Uma outra consequência igualmente considerável da teoria da relatividade é a maneira com que ela revolucionou nossos conceitos de tempo e espaço. Na teoria de Newton, se uma vibração de luz é enviada de um lugar a outro, observadores diferentes deverão concordar quanto ao tempo gasto na trajetória (uma vez que o tempo é absoluto), mas nem sempre concordarão sobre a distância percorrida pela luz (uma vez que o espaço não é absoluto). Dado que a velocidade da luz é apenas a distância que ela percorre, dividida pelo tempo que leva para fazê-lo, diferentes observadores poderão atribuir diferentes velocidades à luz. Segundo a teoria da relatividade, por outro lado, todos os observadores deverão concordar quanto à rapidez da trajetória da luz. Podem, entretanto, não concordar com a distância percorrida, tendo então, que discordar também quanto ao tempo gasto no evento. O tempo gasto é, no final das contas, apenas a velocidade da luz – sobre a qual os observadores concordam – multiplicada pela distância que a luz percorreu – sobre a qual eles não concordam. Em outras palavras, a teoria da relatividade sela o fim do conceito de tempo absoluto! Parece que cada observador pode obter sua própria medida de tempo, tal como registrada pelo seu relógio, e com a qual relógios idênticos, com diferentes observadores, não concordam necessariamente.
HAWKING, Stephen W. Uma breve história do tempo. São Paulo: Círculo do livro, 1988. p.30-33. (adaptado)
TEXTO II
INÉRCIA: A PRIMEIRA LEI DE NEWTON
As leis de Newton tratam da relação entre força e movimento. A primeira pergunta que elas procuram responder é: “O que acontece com o movimento de um corpo livre da ação de qualquer força?”

Podemos responder a essa pergunta em duas partes. A primeira trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo parado ou em repouso. A resposta é quase óbvia: se nenhuma força atua sobre o corpo em repouso, ele continua em repouso. A segunda parte trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo em movimento. A resposta, embora simples, já não é óbvia: se nenhuma força atua sobre o corpo em movimento, ele continua em movimento. Mas que tipo de movimento? Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta, nem diminui, nem muda de direção. Por tanto o único movimento possível do corpo na ausência de qualquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme.

A primeira lei de Newton reúne ambas as respostas num só enunciado: um corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme se nenhuma força atuar sobre ele. Em outras palavras, a Primeira Lei de Newton afirma que, na ausência de forças, todo corpo fica como está: parado se estiver parado, em movimento se estiver em movimento (retilíneo uniforme). Daí essa lei ser chamada de Princípio da Inércia.

O que significa inércia?

Inércia, na linguagem cotidiana, significa falta de ação, de atividade, indolência, preguiça ou coisa semelhante. Por essa razão, costuma-se associar inércia a repouso, o que não corresponde exatamente ao sentido que a Física dá ao termo. O significado físico de inércia é mais abrangente: inércia é “ficar como está”, ou em repouso ou em movimento. Devido à propriedade do corpo de “ficar como está” depender de sua massa, a inércia pode ser entendida como sinônimo de massa.
GASPAR, Alberto. Física: Mecânica. 1. ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 114-115. (adaptado)

TEXTO III
PACIÊNCIA -  Composição : Lenine e Dudu Falcão
(1) Mesmo quando tudo pede
(2) Um pouco mais de calma
(3) Até quando o corpo pede
(4) Um pouco mais de alma
(5) A vida não para...

(6) Enquanto o tempo
(7) Acelera e pede pressa
(8) Eu me recuso, faço hora
(9) Vou na valsa
(10) A vida tão rara...

(11) Enquanto todo mundo
(12) Espera a cura do mal
(13) E a loucura finge
(14) Que isso tudo é normal
(15) Eu finjo ter paciência...

(16) O mundo vai girando
(17) Cada vez mais veloz
(18) A gente espera do mundo
(19) E o mundo espera de nós
(20) Um pouco mais de paciência...

(21) Será que é tempo
(22) Que lhe falta para perceber?
(23) Será que temos esse tempo
(24) Para perder?
(25) E quem quer saber?
(26) A vida é tão rara
(27) Tão rara...

(28) Mesmo quando tudo pede
(29) Um pouco mais de calma
(30) Até quando o corpo pede
(31) Um pouco mais de alma
(32) Eu sei, a vida não para
(33) A vida não para, não...

(34) Será que é tempo
(35) Que lhe falta para perceber?
(36) Será que temos esse tempo
(37) Para perder?
(38) E quem quer saber?
(39) A vida é tão rara
(40) Tão rara...

(41) Mesmo quando tudo pede
(42) Um pouco mais de calma
(43) Até quando o corpo pede
(44) Um pouco mais de alma
(45) Eu sei, a vida não para
(46) A vida não para...
(47) A vida não para...
Disponível em:<http://www.vagalume.com.br/lenine/paciencia.html>Acesso em 01 jun 11.

Questão 01
Quanto aos três textos é possível dizer que
(A) nada acrescentam sobre o conhecimento que se tem a respeito do tempo. Tanto para a Física quanto para o eu lírico, que se revela estarrecido diante da vida, nada se pode fazer diante do tempo, que é inexorável.
(B) por serem de tipologias diferentes, é impossível dizer que há semelhança entre os temas.
(C)de alguma maneira, todos perpassam pela questão do tempo e das mudanças ou movimentos que
acontecem entre os eventos. A ciência busca entender e formalizar essas percepções, enquanto o artista simplesmente revela suas emoções diante delas.
(D) compartilham a mesma percepção entre tempo e movimento, relação que é percebida pelo eu lírico do texto III.
(E) embora sejam textos de tipologias semelhantes, seus enfoques temáticos são bastante distintos.

Questão 02
O texto I conclui que
(A) por mais que se estude sobre o tempo, ainda não se pode afirmar que o conceito de tempo absoluto está equivocado.
(B) o conceito de movimento e sua relação com a velocidade nos levam a entender a necessidade do éter nos estudos feitos por Einstein.
(C) a teoria da relatividade, publicada em 1905 por um até então desconhecido funcionário público chamado Einstein, prega uma série de equívocos somente hoje constatados pelos físicos.
(D) os estudos de Einstein, publicados em 1905, confirmam as ideias de Aristóteles e Newton sobre o conceito de tempo absoluto, isto é, o tempo é independente e completamente separado do espaço.
(E) a Física, depois de Einstein, aponta que o tempo é algo relativo, pois a medida de tempo depende do referencial adotado pelo observador.
Questão 03
A respeito dos textos I, II e III, uma das opções abaixo é INCORRETA. Assinale-a.
(A)  O texto I tem muitos aspectos de um texto narrativo, embora a narração esteja a serviço de uma argumentação a par tir de achados científicos.
(B)  Os textos I e II, apesar de serem ambos exposições de caráter científico, tratam de assuntos divergentes. O texto I explica a teoria da relatividade publicada por Einstein e o texto II tem por objetivo estabelecer diferenças entre o significado de inércia para a Física e para a linguagem popular.
(C)  O texto II, apesar de ter sido extraído de um livro didático da disciplina de Física, explica diferentes usos e significados de uma mesma palavra (inércia) em linguagem popular, cotidiana e em linguagem acadêmica.
(D)  O texto III revela uma constatação do eu lírico: a vida não para, nem mesmo para apreciar o quanto ela própria é rara.
(E)  Para explicar o conceito de inércia, o autor do texto II precisa falar em movimento e repouso. Tanto o movimento quanto o repouso, por sua vez, estão relacionados à ideia de tempo, por isso o conceito

Questão 04
Assinale a opção em que as palavras do texto III per tencem ao mesmo campo semântico:
(A) veloz (v.17), pressa (v.7), calma (v.2) e corpo (v.3).
(B)  paciência (v.15), calma (v.2), pressa (v.7) e cura (v.12).
(C)  tempo (v.6), calma (v.2), veloz (v.17) e alma (v.4).
(D)  veloz (v.17), pressa (v.7), calma (v.2) e tempo (v.6).
(E)  veloz (v.17), calma (v.2), loucura (v.13) e paciência (v.15).

Questão 05
Quanto aos textos II e III é possível depreender que:
(A)  o eu lírico, no texto III, faz um questionamento sobre a continuidade da vida que vai ao encontro do conceito acadêmico de inércia apresentado no texto II.
(B)  só é possível relacionar as percepções do eu lírico ao conceito popular de inércia apresentado no texto II, já que se trata de uma canção.
(C)  os dois textos tratam de assuntos que não guardam semelhança alguma.
(D)  o movimento de que trata o eu lírico no texto III não enfatiza o raciocínio físico que predomina no texto II.
(E)  os dois textos buscam resposta para um questionamento científico.

Questão 06
Em um dos trechos abaixo destacados, o vocábulo sublinhado per tence a distintas classes gramaticais. Assinale-o:
(A) O tempo é independente e completamente separado do espaço. Isso é no que a maioria das pessoas acredita;  é o consenso. Entretanto, tivemos que mudar nossas ideias sobre espaço e tempo.” (Texto I, 1º. parágrafo)
(B) “Ponto semelhante foi abordado poucas semanas depois por um proeminente matemático francês, Henri Poincaré. Os argumentos de Einstein eram mais próximos da Física do que os de Poincaré, que
abordava o problema como se este fosse matemático.” (Texto I, 2o
 parágrafo)
(C)  “mas agora a ideia abrangia também outras teorias e a velocidade da luz: todos os observadores encontram a mesma medida de velocidade da luz, não impor ta quão rápido estejam se movendo.” (Texto I, 3º. parágrafo)
(D) Por causa da equivalência entre energia e massa, a energia que um objeto tenha, devido a seu movimento, será acrescentada à sua massa. (Texto I, 3º. parágrafo)
(E) “diferentes observadores poderão atribuir diferentes velocidades à luz. (Texto I, último parágrafo)

Questão 07
Observe:
“Coesão referencial é aquela que cria, no interior do texto, um sistema de relação entre palavras e expressões, permitindo que o leitor identifique os referentes sobre os quais se fala no texto.
Coesão sequencial é aquela que cria, no interior do texto, condições para que o discurso avance.”
(ABAURRE, Maria Luiza M. & PONTARA, Marcela. Gramática: Texto: Análise e construção de sentido. São Paulo:  
Moderna,2006. P. 242 (adaptado).)
Nos 03 (três) fragmentos destacados a seguir, algumas palavras fazem a coesão referenciale outras a coesão sequencial.
Fragmento I
Essa simples ideia tem algumas consequências notáveis: talvez a mais conhecida seja a equivalência de massa e energia, contida na famosa equação de Einstein E=mc2 (...)”. (Texto I, 3º. parágrafo)

Fragmento II
Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta, nem diminui, nem muda de direção. Portanto o único movimento possível do corpo na ausência de qualquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme.” (Texto II, 2º. parágrafo)

Fragmento III
“Um corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme se nenhuma força atuar sobre ele.” (Texto II, 3º. parágrafo)

Indique a opção em que se fez uma análise equivocada dos elementos coesivos destacados nos fragmentos acima.
(A) O uso de flexões do modo subjuntivo seja (fragmento I) e atuar (fragmento III), antecedidas pelo advérbio talvez e pela conjunção se, respectivamente, são exemplos de coesão sequencial.
(B) O uso do pronome essa (fragmento I), que retoma um fato explicado anteriormente, e a substituição do termo corpo (fragmento III) pelo pronome ele são exemplos de coesão referencial.
(C) O vocábulo como (fragmento II) é uma conjunção que se refere ao substantivo corpo e o vocábulo sua (fragmento II) é um pronome possessivo também relacionado ao substantivo corpo. Os dois elementos analisados são exemplos de recursos coesivos sequenciais.
(D) A conjunção portanto (fragmento II) introduz uma ideia conclusiva em relação ao que foi enunciado anteriormente; a conjunção se (fragmento III) introduz uma oração condicional e poderia ser substituída pela locução desde que sem prejuízo de significado. Ambas são exemplos de coesão sequencial.
(E)  Como (fragmento II) é uma conjunção subordinativa e, por tanto, um recurso coesivo sequencial.

Questão 08
Assinale a opção em que o emprego da vírgula justifica-se pelo mesmo motivo de sua ocorrência no trecho a seguir destacado:
“Se nenhuma força atua sobre o corpo em repouso, ele continua em repouso.”
(A) “A resposta, embora simples...” (Texto II, 2º. parágrafo)
(B) “Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta,” (Texto II, 2º.parágrafo)
(C) “a sua velocidade não aumenta, nem diminui,” (Texto II, 2o parágrafo)
(D) “Em outras palavras, a Primeira Lei de Newton...” (Texto II, 3o
 parágrafo)
(E) “parado se estiver parado, em movimento se estiver em movimento” (Texto II, 3o parágrafo)

Questão 09
Quanto à função sintática de termos do texto III abaixo destacados:
I. “tudo” (v. 1), “eu” (v. 8), “todo mundo” (v. 11), “mundo” (v. 16) e “nós” (v. 19) exercem a função sintática de sujeito.
II. “Um pouco mais de calma” (v. 2), “um pouco mais de alma” (v. 4), “hora” (v. 8), “a cura do mal” (v. 12),
“que isso tudo é normal”(v. 14) exercem função sintática de objeto direto.
III. “Mais” e “veloz” (v. 17) são adjuntos adverbiais de intensidade.
Assinale a alternativa correta.
(A) Os itens I, II e III estão corretos.
(B) Somente os itens I e II estão corretos.
(C) Somente os itens II e III estão corretos.
(D) Somente o ítem II está correto.
(E) Somente o ítem III está correto.

Questão 10
Assinale a alternativa em que está CORRETA a classificação morfológica das palavras mesmo e até que iniciam as orações subordinadas adverbiais nos versos:
“Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma” e “até quando o corpo pede um pouco mais de alma”
(A) A palavra até é uma preposição com sentido de lugar e a palavra mesmo é um pronome.
(B) Ambas são palavras denotativas de retificação.
(C) Ambas são palavras denotativas de inclusão.
(C) Ambas são preposições que se unem à conjunção quando para dar sentido ao elemento coesivo.
(E) Ambas são preposições denotativas de realce.

Questão 11
A vida não para (v. 5)/a vida tão rara (v.10) um pouco mais de calma (v. 2)/um pouco mais de alma (v.4)
Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela em que a mudança de significado se estabelece por motivo diferente da que se encontra nos versos acima destacados de Lenine e Dudu Falcão:
(A) Casei (verbo casar) com meu amigo – Cacei (verbo caçar) com meu amigo;
(B) A manga (fruta) é amarela – A manga (par te de vestimenta) é amarela;
(C) Eu vi (verbo ver) – Eu vim (verbo vir);
(D) As faces (rostos) de uma mulher – As fases (mudança de estado) de uma mulher;
(E) Falou-se no feto (produto da gestação) – Falou-se no veto (interdição).

Questão 12
Assinale a alternativa em que as orações abaixo, que aparecem destacadas nos textos, exercem função de substantivo e de adjetivo em relação à sua oração principal, respectivamente.
(A) “que o conceito de éter era desnecessário” (Texto I, 2º parágrafo) - “que prevê” (Texto I, 3º parágrafo);
(B) “se uma vibração de luz é enviada de um lugar a outro” (Texto I, último parágrafo) - “que um objeto tenha” (Texto I, 3º parágrafo);
(C)  “que elas procuram responder” (Texto II, 1º parágrafo) - “ele continua em movimento” (Texto II, 2º parágrafo);
(D) “A resposta” (Texto II, 2º parágrafo) - “todo corpo fica como está” (Texto II, 3º parágrafo);
(E) “ter paciência...” (Texto III, v. 15) - “Para perder?” (Texto III, v. 24).

Questão 13
Assinale a alternativa em que a análise da relação de sentido expressa pelo elo coesivo destacado em negrito está EQUIVOCADA.
(A) “o resultado será o mesmo em qualquer mensuração, desde que se use um relógio preciso”. (Texto I, 1º. parágrafo)
  Relação de condição: apresenta uma condição relativamente ao que se afirma na oração anterior.
(B) “O tempo é independente e completamente separado do espaço. Isso é no que a maioria das pessoas acredita; é o consenso. Entretanto, tivemos que mudar nossas ideias sobre espaço e tempo”. (Texto I, 1º. parágrafo)
  Relação de oposição: apresenta uma argumentação contrária ao que foi dito antes.
(C) “ Ainda que nossas noções, aparentemente comuns, funcionem a contento quando lidamos com maçãs ou planetas, que se deslocam comparativamente mais devagar, não funcionam absolutamente para
objetos que se movam à velocidade da luz, ou em velocidade próxima a ela”. (Texto I, 1º. parágrafo)
  Relação de concessão: introduz uma ideia de quebra de uma expectativa em relação ao que se espera.
(D) “mostrou que o conceito de éter era desnecessário, uma vez que se estava querendo abandonar o de tempo absoluto”. (Texto I, 2º. parágrafo)
  Ligação de alternância: introduz uma oração cujo conteúdo exclui o conteúdo da outra.
(E) “Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta, nem diminui, nem muda de direção. Portanto o único movimento possível do corpo na ausência dequalquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme”. (Texto II, 2O parágrafo)
  Ligação conclusiva: introduz uma conclusão relativamente ao enunciado anterior.

Questão 14
Os versos destacados a seguir servem de base para esta questão.
“A gente espera do mundo” / “E o mundo espera de nós” (v. 18 e 19, Texto III)
A construção de sentido do texto Paciência é elaborada, basicamente, pelo jogo de oposições. Os autores dos versos exploram duas ocorrências do termo mundo em diferentes contextos sintáticos para manterem esse jogo que conduz a letra da canção.
Assinale a alternativa em que a função sintática desempenhada pelo termo mundo nos versos acima está corretamente identificada.
(A)  objeto direto/sujeito
(B)  adjunto adverbial/adjunto adnominal
(C)  adjunto adverbial/sujeito
(D)  sujeito/objeto direto
(E)  objeto indireto/sujeito
Questão 15
Considere a seguinte afirmação de Heráclito de Éfeso (2500 a. C.) para responder a esta questão:
“Uma pessoa não entra no mesmo rio duas vezes, porque ambos estão em constante mudança e transformação.”
I.  A afirmação constitui-se de um período composto por coordenação.
II. A afirmação constitui-se de um período composto por subordinação.
III. A oração iniciada pela conjunção “porque” introduz uma explicação.
Assinale a alternativa correta.
(A)  Somente o item III está correto.
(B)  Somente o item II está correto.
(C)  Somente os itens I e III estão corretos.
(D)  Somente os itens II e III estão corretos.
(E)  Todos os itens estão corretos.
GABARITO
1-c; 2-e; 3-b; 4-d;5-d; 6-b;7-c; 8-b; 9-d;, 10-c; 11-b; 12-a; 13-d; 14-c; 15-c

PRODUÇÃO DE TEXTO:
Instruções:
1.  Não copie trechos dos textos nem dos fragmentos de textos apresentados.
2.  Redija seu texto em prosa, de acordo com a norma culta escrita da língua portuguesa.
3.  Redija um texto de 25 (mínimo) a 35 linhas (máximo).
4.  Atribua um título a seu texto.
Considerando a coletânea de textos apresentada nesta prova, a definição da palavra abaixo e o poema de Camões a seguir, reflita sobre a ideia de mudança a que eles remetem. A par tir de sua reflexão, elabore um texto dissertativo-argumentativo em que você discorra sobre a necessidade inerente ao ser humano de estar em contínua mudança, seja no aspecto psicológico, social, científico ou tecnológico, e sua consequente necessidade de adaptação a essas mudanças. Utilize informações e argumentos que deem consistência a seu ponto de vista.
Definição
Mudança: substantivo feminino.
1. Algo que sai da condição, estado natural daquele em que se encontrava;
2. Modificação parcial ou total de algo; transformação;
3. Transferência para outro local;
4. Troca de uma coisa por outra;
5. Alteração nociva das características de algo, desfiguração; deturpação;
6. Retirada da posição original ou daquela em que estava; remoção.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da LínguaPortuguesa. 2.ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.(Adaptado)

MUDAM-SE OS TEMPOS, MUDAM-SE AS VONTADES
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
CAMÕES, Luís Vaz de. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Disponível em <http://pt.wikisource.org/wiki/
Mudam-se_os_tempos_mudam-se_as_vontades>. Acesso em 20 jun 2011.
Glossário: soer: verbo 1.  ser comum, frequente; costumar; 2.  ter por hábito.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa. 2.ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.(Adaptado)

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