quarta-feira, 4 de setembro de 2013

À DINAMENE



Homenagem do poeta à sua amada Dinamene

A musa chinesa de Camões

Dinamene, que serve de inspiração a Camões, foi uma mulher chinesa por quem ele se apaixonara durante uma de suas viagens ao Extremo Oriente e que, havendo morrido num naufrágio no litoral cambojano, foi por ele personificada na figura da ninfa marinha.[1]

Nesta fase o poeta exprime a dor pela perda, a saudade do ente amado: “Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste".[1]

Fonte Wikipédia


Alma minha gentil que te partiste


Alma minha gentil que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.


Autoria de Luís Vaz de Camões

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